O e-mobility, ou mobilidade elétrica, é uma tendência que vem crescendo ao redor do mundo — e chegou para ficar. No Brasil, esse mercado está em plena expansão, com diversas empresas investindo na área. Neste artigo, vamos entender um pouco mais sobre essa nova realidade tecnológica que está se formando no país.
O que é e-mobility?
A e-mobility é uma tendência que está crescendo em todo o mundo, principalmente graças às demandas e pautas ambientais dos últimos anos. Trata-se, basicamente, do uso de veículos elétricos para o transporte urbano, incluindo ônibus, carros, scooters (também conhecidos como lambreta ou motonetas) e bicicletas elétricas, por exemplo.
No Brasil, a chegada do mercado de e-mobility está sendo incentivada pelo governo federal, que tem investido em projetos que visam a popularização dos veículos elétricos. Além disso, diversas empresas já estão oferecendo soluções para a mobilidade elétrica, como baterias, carregadores e outros produtos, e os automóveis híbridos (que utilizam sistemas de propulsão baseados em eletricidade) ganham cada vez mais espaço no mercado.
Mas por que o mercado de e-mobility está crescendo?
O número de carros elétricos e híbridos está aumentando nos últimos anos, especialmente nas grandes cidades. Isso se deve às vantagens que esses veículos oferecem, como a economia de combustível, menos emissões poluentes (que favorecem o meio-ambiente!) e um funcionamento mais silencioso. Além disso, com a recente queda nos preços das baterias, os carros elétricos estão se tornando mais acessíveis para o público brasileiro.
Há também uma mobilização mundial que busca reduzir o aquecimento global, motivando governos de todo o globo a elaborarem projetos e leis para reduzir a emissão de gases do efeito estufa (que são, em grande parte, responsabilidade dos veículos automotores movidos a combustíveis fósseis).
Em 2021, a União Europeia propôs um conjunto de objetivos para suas nações constituintes. O fit for 55, ou Objetivo 55, foi projetado para garantir a redução das emissões de gases na UE em 55% até 2030, visando a neutralidade climática (ou seja, causar zero impacto no clima, com emissões nulas) até 2050, reforçando o Acordo de Paris. Para isso, os países concordaram em proibir a venda de veículos a combustão até 2035.
E não são só os países que se comprometeram com esse objetivo. As principais montadoras do mundo já afirmaram que irão efetivar mudanças a respeito da sustentabilidade dos seus veículos ao longo dos próximos anos: em seu plano mundial, a Volvo afirma que almeja ter apenas produtos elétricos a partir de 2030; a Mercedes-Benz pretende ter 100% dos seus veículos comercializados livres de emissão de carbono até 2039; nos planos da Honda, 100% dos veículos da marca não terão motor de combustão até 2040. Marcas como Renault, Nissan e Jaguar já deram perspectivas semelhantes, decretando o fim dos carros à combustão dentro dos próximos 20 ou 25 anos. Os dias dos motores movidos à combustíveis fósseis estão contados, e os veículos elétricos são o futuro não só em países comprometidos com o Fit for 55, mas em todo o mundo.
Quais são as principais barreiras para o crescimento do mercado de e-mobility no Brasil?
Em 2021, O mercado de automóveis eletrificados registrou um recorde de vendas em relação aos anos anteriores, com um aumento de 77% em comparação à 2020, demonstrando que a eletromobilidade avança a passos lentos no país.
Entretanto, a comercialização dos veículos elétricos encontra muitas dificuldades para se instalar completamente no Brasil. Entre esses desafios está, por exemplo, a escassez de investimentos no setor e a falta de políticas públicas para incentivar a adoção das tecnologias dos carros elétricos.
O preço elevado dos carros elétricos também é uma dificuldade relacionada à implementação desse tipo de veículo no Brasil. Embora os preços tenham melhorado nos últimos tempos, ainda estão longe de ser acessíveis para grande parte da população brasileira. Os veículos 100% elétricos são cerca de 50% mais caros que os convencionais, enquanto os híbridos plug-in (que possuem motor a combustão e um conjunto de baterias que podem ser recarregadas na rede elétrica) custam cerca de 30% a mais. O preço elevado é consequência dos altos custos de produção e das matérias-primas utilizadas na fabricação dos motores elétricos, como o lítio, que é raro de encontrar na natureza. E como a produção dos componentes para esses veículos é baixíssima no Brasil, os produtos precisam ser importados, o que (considerando as altas do câmbio e do dólar) infla ainda mais o valor do produto final.
Por fim, a questão da infraestrutura é uma das principais barreiras em relação à chegada do e-mobility no Brasil, que não está preparado para receber essa tecnologia de forma maciça. A criação de cidades inteligentes, suprindo a demanda dos consumidores, depende de múltiplos fatores e etapas; Por exemplo: a falta de pontos de recarga nos grandes centros urbanos é uma questão de planejamento urbano e infraestrutura. De acordo com a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), há apenas 1.250 pontos de recarga no Brasil, e quase metade deles estão localizados apenas no estado de São Paulo.
Em suma, o mercado de veículos elétricos está se preparando para crescer em todo o globo — mas vários países (e, entre eles, o Brasil) não estão totalmente prontos para acolher a tecnologia do e-mobility. Ainda assim, fabricantes, montadoras e revendedores devem se preparar para uma nova realidade no fornecimento de automóveis. A Schwarz é especialista no desenvolvimento de soluções em componentes de alumínio forjado para diversos mercados — dentre eles, o de reposição de peças de veículos à combustão e elétricos.
Entre em contato com nossos especialistas e descubra mais sobre as soluções ofertadas pela Schwarz!